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08/02/2017

A esperança que resulta de um abraço que salvou duas vidas


Caros visitantes virtuais,
 
Escrevo-vos hoje sobre uma maravilha da natureza que constitui uma enorme fonte de alegria e esperança: estes dois bebés gémeos que convivendo no útero materno durante uma gravidez difícil que colocou em risco as respetivas vidas resultou em que ambos se salvassem por se terem abraçado um ao outro.
É uma comovente história que me tocou muito e me fez pensar no quanto o amor e a solidariedade humana nos salva, mas também que são acontecimentos destes que nos ajudam a esquecer as más notícias que temos nas vidas individuais e do que ocorre no mundo que nos entristece e preocupa como as guerras, a violência, o terrorismo e as catástrofes naturais ou causadas pelo homem.
Quando criei este blogue em 2011 foi porque achei que fazia falta escrever sobre esperança e que quanto mais pessoas o fizerem, tanto melhor, para gerar energias positivas de que todos sempre e tanto necessitamos. Eu sou apenas mais uma delas, mas cada pessoa que escreve é única porque o faz na sua própria perspetiva, neste blogue "Sopros de Esperança", de que sou autora, escrevo a esperança que vou vendo nas muitas coisas que acontecem nas nossas vidas e no mundo e faço-o na minha perspetiva. Eu própria fui surpreendida por haver tanto sobre o que escrever, felizmente.
Quando criei o blogue achei que iria ter existência curta, que rapidamente não teria assuntos sobre os quais falar sobre esperança, que o tema rapidamente se esgotaria pois eu não queria cair em lugares-comuns nem em repetições, para feliz surpresa minha, aconteceu exatamente o contrário, descobri muito sobre o que escrever e muitas vezes não escrevo não por falta de temas de esperança e acontecimentos de esperança, mas porque o meu tempo disponível não o permitem.
Foi também outro factor de surpresa e encorajamento para continuar a escrever neste blogue, quando posso, o facto de o número de leitores me surpreender largamente ultrapassando as minhas espectativas, o que significa que muita gente precisa e gosta de ler sobre esperança. À data de hoje quase 35.000 pessoas em todo o mundo leem este blogue porque o tema lhes interessa e lhes diz algo e eu fico muito feliz com isso. Obrigada a todos vós leitores deste blogue pelas vossas visitas aos meus posts.
Quando ao assunto deste post e aos gémeos, Rowan e Blake, que se salvaram por se terem abraçado no útero materno durante a respetiva gestação, terão ouvido falar disso na comunicação social. Nasceram em Inglaterra e a mãe deles, Hayley Lampshire de 27 anos ficou destroçada quando na vigilância da sua gravidez foi informada que os filhos sofriam de uma condição rara que reduzia seriamente as suas hipóteses de sobrevivência se se mexessem. Ora todos nós sabemos que os bebés durante a sua gestação, se mexem muito e que isso, numa gravidez normal e em condições normais é até sinal de saúde e vitalidade dos bebés.
E quem já foi mãe, como foi o meu feliz caso, mãe de dois rapazes que são a fonte de felicidade da minha vida, sentiu os movimentos deles, enérgicos, e comunicou com eles com carícias no ventre em momentos mágicos que nunca mais se esquecem e nos enternece a sua lembrança para o resto da vida. E os que foram pais sabem-no também pelas suas carícias no ventre da mãe dos seus filhos lhes permitirem não apenas senti-los como comunicar com eles, o que acredito para os próprios pais é mágico e inesquecível.
O risco de vida que corriam os gémeos Rowan e Blake devia-se ao facto de ambos partilhares o saco amniótico e a placenta da mãe e, à medida que ia avançando a gravidez, reduziam-se cada vez mais as probabilidades de os dois meninos sobreviverem. Esta situação terrível, em termos técnicos chama-se uma gravidez monocoriónica e monoamniótica, que os condenava cada vez mais  à não sobrevivência à medida que a gravidez ia avançando. O problema de os bebés se mexerem partilhando no mesmo útero o saco amniótico e a placenta, era que poderiam vir a ficar com os respetivos cordões umbilicais entrelaçados e, assim, os seus movimentos cortariam o acesso a oxinénio e comida, o que seria fatal para um ou ambos.
No entanto, o momento mágico aconteceu, os bebés abraçaram-se um ao outro no ventre que partilhavam, parecendo mesmo estar a mão na ecografia que revelou esta maravilha da natureza, e permaneceram quietos, o que é extremamente difícil para bebés ou crianças, como todos sabemos, cuja tendência natural é moverem-se e com muita energia.
A ecografia tranquilizou mais a mãe que foi informada de que esta situação trazia a esperança de os seus filhos poderem sobreviver, ultrapassando assim a difícil condição física e biológica desta gestação.
A mãe, Hayley Lampshire, decidiu a conselho médico fazer uma cesariana às 34 semanas de gestação, para evitar correr mais riscos e os gémeos Rowan e Blake vieram a nascer no passado dia 25 de agosto, cada um deles com pouco mais de 2 Kilos e foram levados para a unidade de cuidados médicos especiais, quando nasceram tinham líquido nos pulmões e dificuldades em respirar sozinhos, mas após ajuda médica dedicada após três semanas de internamento puderam deixar o hospital.
Rowan e Blake têm presentemente quase meio ano de vida e a feliz mãe, aliviada de toda a angústia de uma gravidez em constante risco de perder um ou os dois filhos diz que ela e o pai quando eles forem crescidos lhes contarão o quão especial é a ligação entre eles, cujo abraço lhes salvou a vida.
Esta maravilhosa história, felizmente real, é não apenas belíssima e comovente, como uma grande fonte de esperança que para mim nos inspira a acreditar que, mesmo em situações muito difíceis, se tivermos coragem para lutar e fazer tudo para ultrapassar os problemas, por mais graves que sejam, poderemos vir a conhecer momentos de felicidade únicos. Foi o caso da jovem mãe de 27 anos, cujo amor pelos seus filhos e força interior contribuiu para ajudar a salvá-los prosseguindo com esta gravidez duríssima e com apenas 50% de probabilidades de sobrevivência para um ou os dois dos seus filhos.
Que este feliz e inspirador episódio de vida nos transmita a todos nós, a mim e a cada um de vós, caros leitores virtuais, a coragem e a força, bem como a esperança para acreditar que vale a pena lutar para ultrapassar os obstáculos que vamos encontrando todos ao longo das nossas vidas, por mais difíceis que sejam e mesmo que à partida tudo indique que têm poucas probabilidades de ser vencidos.
 
Um abraço virtual a todas e a todos os que leram este post e obrigada por terem voltado uma vez mais a este nosso blogue "Sopros de Esperança" que dada a dimensão que alcançou em termos de leitores, deixou de ser o meu blogue para passar a ser o nosso blogue, eu como autora e vós como leitores, também nós abraçados neste projeto comum sem cujo abraço este projeto há muito teria sido abandonado.
 
C. C.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
 
 


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