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08/10/2011

A esperança renasce na vitória das Mulheres pela PAZ


Caros visitantes virtuais,

Escrevo novamente sobre a Mulher no mundo porque mais uma vez foram mulheres que nos trouxeram sementes de esperança. Não que os homens as não tragam também, mas é tempo de falar das mulheres depois de tantos séculos a fazer silêncio sobre o seu papel empenhado e activo na família, na sociedade e no mundo.
Esta semana o Comité dos Prémios Nobel anunciou que, em 2011, o Prémio Nobel da Paz seria atribuído a três mulheres (na foto acima) pelo papel que desempenharam na luta não violenta pela segurança e os direitos das mulheres e pela sua participação plena na construção da paz.
Como bem reconhece aquele Comité de sábios, "Não se pode alcançar a democracia e a paz duradouras enquanto as mulheres não obtiverem no mundo as mesmas oportunidades que os homens para participarem no desenvolvimento social a todos os níveis."
Não faço aqui mais desenvolvimentos sobre a história dos Prémios Nobel da Paz, pois já a ela me referi oportunamente noutro post anterior deste blogue, bem como fiz referências aos sítios electrónicos oficiais deste relevante Prémio que a Academia Nobel da Noruega atribui e que tanto significado mundial tem.







O diagrama acima representa o complexo circuito que é seguido para a atribuição dos Prémios Nobel, incluindo o da Paz. Desde 1901 são atribuídos Prémios Nobel, sendo que de um total de 851 prémios atribuídos, apenas 44 foram concedidos a mulheres. E, no que ao Prémio Nobel da Paz se refere, dos 97 indivíduos que foram agraciados com este prémio, apenas 12 foram mulheres. Nove são as que surgem na foto abaixo e três as que este ano foram agraciadas com este Prémio.








Todas merecem a nossa homenagem e gratidão pois todas se empenharam em ser voz activa e construtora de paz lembrando sempre que as mulheres têm um papel fulcral e insubstituível na construção dos destinos das sociedades e da Humanidade. Todo o ser humano é único e insubstituível, seja homem ou mulher. A sua identidade é írrepetível e o seu contributo único no universo. Só assim podemos viver em paz, solidariedade e respeito pela diversidade da humanidade.

Que fizeram estas três mulheres para ser agraciadas com o Prémio Nobel da Paz 2011?
Eu diria que viveram a sua vida com base em valores que foram reconhecidos pelos frutos de paz que desencadearam nas sociedades onde estão integradas.
Aceitaram o desafio de lutar pela paz com determinação, mas sem usar a violência.
Reconheceram nas suas sociedades sinais de guerra ou de opressão de direitos humanos que quiseram e conseguiram vencer com a sua palavra, o seu empenhamento, a sua coragem e a sua entrega total a esta causa tão nobre porque tanto contribui para a dignificação das pessoas e das sociedades.
Foi esta situação comum que as fez ser reconhecidas pela Academia Nobel. São elas:








Ellen Johnson-Sirleaf, Economista de formação académica e actual Presidente da Libéria. Teve o mérito de, em 2006, ter sido eleita para esse elevado cargo político, tornando-se na primeira Presidente de uma República que é a mais antiga da África Subsaariana. É também interessante constatar que a Líbéria foi fundada em 1822 por escravos americanos libertos, o que justifica o seu nome associado à ideia de liberdade que lhe esteve na raiz.
Ellen tem exercido o seu mandato com elevado sentido de serviço aos cidadãos do seu país e empenhando-se muito activamente no incentivo e apoio a que as mulheres exerçam um papel activo no trabalho de construção da paz. Tem ajudado a construir o reconhecimento dos seus direitos e a segurança das mulheres e da sociedade em geral.









Tawakul Karman, jornalista do Iémen. Em 2005 criou o movimento "Mulheres jornalistas sem correntes", afirmando a liberdade de expressão das mulheres jornalistas, apesar do ambiente de opressão de direitos da sociedade em que estavam inseridas.
Em Janeiro deste ano liderou o movimento popular que se manifestou contra o Presidente do Iémen requerendo o respeito pelos direitos sociais e políticos.
Foi detida pelas suas convicções e afirmações públicas de luta pela paz e a liberdade.
É uma das principais activistas da chamada "Primavera Árabe" que pretende construir sociedades mais justas e livres nos países árabes.








Leymah Gbowee é também da Libéria. É uma activista-pacifista que contribuiu para o fim, em 2003, das sucessivas guerras civis que tantas vítimas fizeram na Libéria.
Criou um movimento de oração que uniu e fortaleceu a fé na perseverança e persistência da não-violência na construção da paz estimulando o diálogo e a compreensão mútuas.
O seu papel de reforço espiritual foi reconhecido e valorizado pelo importante contributo que deu para terminar a guerra civil no seu país.







Qualquer destas mulheres, cada uma a seu modo, não apenas construiu a paz como semeou a esperança. O mundo deve-lhes, pois, um tributo de gratidão a que me associo desde já e vos convido a fazê-lo também.

Um abraço, uma vez mais no feminino, caros visitantes virtuais,

C.C.

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