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30/07/2011

Amar é um risco, mas só amando somos felizes




Caros amigos,

A dedicação às crianças, à sua protecção e bem-estar é uma preocupação ancestral. A maternidade e a paternidade são, no meu entender, a expressão do que há de mais belo e dignificante no ser humano. É sempre enternecedor ver uma criança feliz. Seja ela nossa familiar ou uma completa desconhecida, o seu sorriso contagia-nos sempre.




Quero neste post prestar homenagem à UNICEF. Esta é uma agência das Nações Unidas que foi criada em 1946 para prestar emergência às crianças vítimas da segunda guerra mundial, desde então é a única organização mundial que se dedica especificamente às crianças e intervém actualmente em 158 países e territórios do mundo inteiro. Conduziu à aprovação pela Assembleia Geral das Nações Unidas da Convenção sobre os Direitos da Criança, em 1989, instrumento de direito internacional fundamental para promover a defesa dos direitos das crianças, ajudar a dar resposta às respectivas necessidades básicas e contribuir para o seu desenvolvimento.
Se quiser conhecer a UNICEF e como pode colaborar ou ajudar esta entidade a ajudar as crianças do mundo inteiro pode visitar a página electrónica em versão portuguesa em: http://www.unicef.pt/




A criança da imagem acima irradia luz do seu sorriso. Quem diria que se encontra entre os 400 mil órfãos do Haiti (números estes que embora avassaladores dispararam ainda com o terramoto ocorrido no ano passado)? A capacidade de alegria das crianças com um rasgo de ternura que lhes seja dedicado é uma lição de vida fundamental para os adolescentes, jovens e adultos. Os mais intensos e autênticos sinais de esperança são as crianças do mundo inteiro. À medida que deixamos a infância vamos perdendo essa capacidade que devemos reaprender continuamente para bem da nossa felicidade e da dos que nos rodeiam.

Quero aqui prestar uma homenagem também muito especial a todos os casais que têm a coragem de, tendo ou não filhos genéticos, adoptarem crianças que tornam seus filhos, arrancando-os assim às terríveis condições de fome, falta de habitação, ensino e cuidados básicos de higiene e saúde. Estes casais constituem uma grande mensagem de esperança, não apenas para as crianças que adoptaram, mas também para as que aguardam adopção no mundo inteiro, pois permite-lhes acreditar que alguém os procurará para lhes dar uma nova família que cuide deles, os proteja e ame como merecem, tendo perdido a sua família genética ou não tendo esta capacidade para cuidar dos seus filhos com condições básicas de dignidade.
Os casais que têm o arrojo de adoptar crianças nos continentes mais pobres do mundo arriscam muito, mas eles estão conscientes dos riscos que correm e, no entanto arriscam corrê-los.

Não é amar o outro sempre um risco? Quando amamos, entregamos ao outro o que temos de mais precioso: a nossa identidade, o nosso ser. Expomos ao outro o que temos de melhor, mas também as nossas imperfeições e fragilidades. E com essa entrega ao amor corremos sempre o risco maior que se pode correr: ser magoados. Este risco acontece em todos os tipos de amor e a dor é sempre intensa porque quando se é magoado por alguém que se ama a dor é sempre maior. Devemos por isso deixar de amar? Naturalmente que não. Que seria das nossas vidas sem aqueles que amamos e que nos amam: familiares e amigos. Ditas as coisas deste modo, parece um gesto fácil o destes casais. Sabemos que não é assim. É preciso muito arrojo, muita coragem para vencer preconceitos, medos infundados (mas que, no entanto, nos assaltam) e comodismo.

O que liga a UNICEF e estes casais que adoptam crianças de meios sociais desfavorecidos, que adoptam crianças mesmo que elas sejam portadoras de deficiência? Fazem do mundo um mundo melhor para as crianças que, sem eles, não teriam condições de vida dignas e um desenvolvimento saudável e harmonioso. Mostram-nos que se pode fazer muito mais do que apenas olhar as terríveis imagens da fome em África ou em qualquer outro continente e sofrer por segundos com as chocantes imagens para as esquecer no segundo seguinte.

São sinais de esperança, autênticos e poderosos que nos deixam a UNICEF e estes casais. E, permitam-me, caros visitantes virtuais que aqui deixe um beijinho muito especial ao casal J. e S., amigos que por razões de respeito de privacidade não identifico, e que constituem a prova de que casais capazes de tão grande entrega de amor existem, não apenas em Hollywood, mas ao nosso lado, vivendo vidas como as nossas. Para eles e para os seus filhos um beijinho muito especial e votos das maiores felicidades.

Para a UNICEF, mas sobretudo para as pessoas e os casais de todo o mundo que se dão neste arrojo de amor maternal e fraternal vai a minha profunda gratidão por ajudarem a sorrir tantas crianças do mundo inteiro que é a nossa família mundial.

Um abraço caros visitantes virtuais,
CC

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