Caros visitantes virtuais,
A minha primeira mensagem deste
ano é sobre uma sexualidade bem vivida pelo ser humano. E porquê? Porque a
sexualidade é geradora de comunhão de amor e do maior e mais completo prazer
que pode haver entre dois seres humanos e é geradora de vida.
A sexualidade é, também assim,
fonte de esperança porque a esperança brota do amor, da felicidade, da
comunhão, da plenitude e da vida.
A sexualidade é uma dimensão de
todas e todos em todas as idades da vida. Para gerar genuíno prazer e
felicidade esta deve ser à medida da idade e responsabilidade correspondente do
ser humano, mas atravessa todas as idades. Nós, desde que gerados, somos
seres sexuados. Tal marca vem já nos cromossomas da génese da nossa vida.
Daí decorre que, quando vemos a
luz da vida somos já seres sexuados e a nossa sexualidade é, desde sempre, uma
dimensão fundamental da nossa vida ao longo da mesma, nunca perdendo o seu
valor e significado, mesmo com o avançar da idade. Assim, não posso deixar de
lamentar um infeliz episódio ocorrido no ano anterior em que uma decisão do
Supremo Tribunal de Justiça Português, com a participação de uma mulher Juíza, reduziu o valor da indemnização relativo a uma
mulher que, em consequência de uma cirurgia há 19 anos na Maternidade Alfredo da Costa, ficou impedida de voltar a ter relações sexuais com normalidade por ter 50 anos e dois filhos, alegando que nessa idade a sexualidade da mulher
já não tinha o mesmo valor e cito, lamentando a ignorância: "idade em que a sexualidade não tem a importância que assume em idades mais jovens, importância essa que vai diminuindo à medida que a idade avança". Felizmente que muitas vozes de instituições várias
e da sociedade civil se levantaram oportunamente contra esta injusta e mal
fundada decisão, demarcando-se assim deste ato isolado que, não crendo que tenha
sido tomado de má-fé, apenas o entendo fundado no desconhecimento psicológico
da mulher e numa distorcida e discriminatória visão da mulher que as várias
sociedades do mundo contemporâneo vêm combatendo, mas de que ainda há muitos
resquícios a remover. Quanto a esta matéria, entendo que a esperança decorre de
todas e todos quantos elevaram vozes e palavras escritas contra esta situação
ensinando assim as nossas e os nossos crianças e jovens que a sexualidade os
acompanha sempre e nunca se desvaloriza, mesmo quando os níveis hormonais
começam a baixar com a idade.
O ser humano tem uma riqueza
interior enorme de que faz parte integrante a sua sexualidade e esta dimensão é
essencial ser vivida de forma saudável para que o mesmo se sinta equilibrado,
seja homem ou mulher e seja qual for a sua idade, raça, cultura, grupo social
ou económico. Na minha perspetiva uma sexualidade saudável e gratificante é
aquela que é vivida no contexto do amor responsável pelo seu próprio prazer e
pelo do outro. Respeitados estes parâmetros a sexualidade é um vasto campo para a criatividade, imaginação, sedução e entrega mútua que quanto mais plena mais realiza o ser humano. É uma entrega ilimitada do que cada um tem de melhor àquele ou
àquela que considera ser o ou a merecedor(a) do seu amor e da sua intimidade.
Tal entrega pode produzir efeitos diversos seja no fogo da paixão que nos faz ver o fogo-de-artifício ou na
plenitude da terna serenidade que nos cobre de bem-estar como uma corrente que nos percorre e sacia de vida, em todo o caso, deixa ambos os amantes ainda mais
amorosos entre si e planta sempre uma semente de felicidade e de plenitude que
nos faz brilhar os olhos e ver a vida a cores.
Caro(a) visitante virtual, vá ao
encontro de quem ama e entregue-se a esse amor que o preenche. Ultrapasse
barreiras e preconceitos, mergulhe na plenitude de um desejo que o(a) sacia e
sacia quem o (a) ama. Se ainda não encontrou, empenhe-se em procurar quem o(a)
merece, mas não esqueça: o(a) seu valor é único, por isso merece quem o(a) ame
genuinamente e em exclusivo.
Votos de um ano feliz.
Um abraço virtual,
CC
Só o Amor mantem as pessoas vivas! Parabéns pelo excelente texto Célia. Beijinho e votos de um 2015 com muito amor.
ResponderEliminarMuito obrigada pelo comentário, caro leitor ou leitora. Votos de um excelente ano para si também
ResponderEliminarCélia, não tenho palavras...
ResponderEliminar