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07/04/2017

Páscoa e Primavera, os dois P que apelam ao renascimento e à renovação


Caros visitantes virtuais,
 
Vivemos um período propício ao renascimento e à renovação, tanto no plano das estações do ano como, para quem é católico, no período espiritual pois estamos na Primavera e aproximamo-nos da Páscoa.
A Primavera faz mesmo dos troncos secos brotar rebentos viçosos. A luz e a claridade desta estação do ano trazem alegria nascente consigo, cobrem de verde e multicores jardins e bermas de estradas num hino à vida que nos faz bem à alma. Os dias mais longos são propícios a um maior usufruto de espaços ao ar livre renovadores do ar e oxigenadores do nosso interior físico e psíquico. Um tempo que nos convida a deixar a interioridade dos espaços fechados e a usufruir da claridade e da luz, de cheiros e de espaços amplos.
A Páscoa é uma mensagem de força interior de renovação e renascimento para a vida com base na esperança da ressurreição, para quem acredita, que nos foi trazida por Jesus Cristo, figura não apenas em quem acredito mas por quem tenho enorme admiração pela verticalidade do seu caráter, profundidade espiritual, espírito de missão e cariz profundamente humanitário e libertador desafiando as tradições e poderosos opressores do seu tempo com mensagens de igualdade num tempo em que essa dimensão estava muito longe de ser considerada e respeitada. Páscoa significa passagem e, todos nós, de algum modo precisamos nas nossas vidas de fazer uma passagem para uma dimensão cada vez mais humanizada, solidária e próxima uns dos outros. É também um convite para sairmos da nossa própria interioridade e irmos ao encontro do outro.
Por isso considero Primavera e Páscoa dois momentos de esperança e de apelo a uma vida com sentido e com cor, simplesmente porque é bom e agradável para nós e para os outros com quem nos cruzamos.
São tempos de sorrisos abertos, de cabelos soltos ao vento, de deleite ante a natureza e de comunhão espiritual com a mesma, com os outros, connosco próprios, e com Deus, para quem nele acredita de algum modo.
Se algo dentro de nós nos não permite usufruir desta simplicidade suave que nos transmite tranquilidade é tempo de buscar dentro de nós o que nos perturba e soltar essas amarras, exorcizar o que nos coloca lentes escuras que nos impedem de ver o sol em toda a sua grandiosidade e calor. Quanto mais tempo permitirmos as nossas masmorras interiores mais desperdiçamos do que livre e gratuitamente está ao nosso alcance para que os dias sejam agradáveis neste período de vida que nos foi concedida nunca sabemos por quanto tempo.
Nesse aspeto, não tenho qualquer dúvida que não são as circunstâncias de vida que condicionam o nosso bem-estar mas sim a forma como as encaramos. A experiência mostra que somos muito diferentes uns dos outros nesse ponto pois perante circunstâncias muito idênticas para uns elas são vistas como desafios naturais da vida a superar e por outros como tormentos que nos derrotam. Assim, vale a pena aprender com quem nos pode ensinar a ser positivos e a seguir em frente sem carregar às costas o peso dos maus momentos que todos temos. esta postura mais leve perante a vida é não apenas saudável como contagiante no sentido mais positivo do termo. Deixemo-nos pois contagiar por quem nos transmite mensagens positivas, retemperadoras, renovadoras e libertadoras.
E, porque é Primavera e quase Páscoa, arejemos o nosso interior, atrevamo-nos a sair de dentro de nós, aspiremos o ar livre e o aroma das plantas e das flores que rebentam um pouco por todo o lado.
Uma boa Primavera e uma boa Páscoa caro visitante virtual e associe-se da forma que melhor entender a este hino à vida, nas coisas mais simples da vida.
 
C. C.
 
 

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