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30/03/2017

A esperança que resulta do sentido da vida


Caro visitante virtual,
 
Escrevo hoje sobre uma questão tão antiga como a Humanidade: qual o sentido da vida?
Desde que o ser humano surgiu sobre a terra e começou a ultrapassar as suas necessidades básicas de subsistência e sobrevivência que se tem colocado essa interrogação existencial fundamentadora da sua forma de estar na vida.
Os filósofos desde a antiguidade até aos contemporâneos têm encontrado múltiplas respostas, todas elas tendo em comum o centrar-se no que é fundamental para a razão da existência do ser humano. São verdades inspiradoras expressas de forma intemporal e que, no entanto, nunca serão o bastante para responder a esta questão pois o homem continuar-se-á a colocar esta interrogação.
Cada um de nós, em algum ou vários  momentos da nossa vida, precisa de fazer sua esta questão e de lhe dar uma resposta personalizada.
Eu considero que a busca do sentido da vida é algo de intrínseco ao ser humano e também algo que vai amadurecendo connosco ao longo da vida, talvez porque o sentido da vida seja algo tão simples como vivê-la em cada dia de forma consciente e moldando-a de acordo com os nossos valores sociais, culturais e religiosos, para quem os tem.
Para uns, o sentido da vida é o bem-estar e o conforto enquanto estamos nesta vida terrena, nada crendo haver para além dela, para outros, o sentido da vida é a nossa felicidade e a dos outros numa irmandade cósmica que envolve o ser humano e todos os seres vivos que o rodeiam, projetando-se ainda na eternidade. Esta última resposta é, no meu entender, comum a todas as religiões embora cada uma delas apresente esta dimensão solidária, integrante e espiritual de forma diferente, e é nesta que me situo.
 
 
A resposta que em cada momento dermos à questão do sentido da vida orienta os caminhos que vamos seguindo ao longo da mesma, sendo certo que, como dizem muitas linhas filosóficas, o passado é irrepetível, ou como dizia já Heráclito na antiguidade "Nunca nos banhamos duas vezes no mesmo rio", pois de facto, o rio corre e em cada segundo as suas águas já serão diferentes.
Também no meu entender, quando fazemos opções na vida que não estão em consonância com o sentido que entendemos que é o da nossa vida nos sentimos desconfortáveis, em desequilíbrio e angustiados. Por outro lado, caminharmos na linha daquilo em que acreditamos que é importante para a nossa existência faz-nos sentir serenos, seguros, tranquilos e bem connosco próprios, mesmo quando os dias nem sempre são radiosos.
 
 
Há momentos na vida em que a caminhada é pouco decidida e se torna difícil descobrir o rumo certo para cada um de nós, mas creio que se pararmos e procurarmos escutar a nossa voz interior, mesmo tendo andado em círculos ou tomado desvios, voltaremos à nossa rota, à rota que elegemos para nós próprios e que ninguém pode traçar por nós. Os pais traçam a sua rota e os filhos caminham na mesma até o seu crescimento lhes ditar que é tempo de decidir sobre o seu próprio rumo.
Decidir qual o nosso caminho e sermos responsáveis pelos passos que damos é um sinal de maturidade.
Ninguém pode ser responsabilizado pelas nossas passadas a não ser nós próprios e, quem nos ama, família e amigos, estará ao nosso lado para celebrar os passos que traçam sorrisos no nosso destino e no daqueles que connosco se cruzam e para nos enxugar as lágrimas ou mesmo pegar ao colo quando as sombras cobrem o nosso perfil existencial.
O meu diagnóstico para saber se estou no caminho orientado pelo sentido da minha vida é a serenidade e, sempre que a vida o permite, ter vontade de sorrir, sorrir por fora e por dentro, e um grande sentido de gratidão e hino à vida nas suas coisas e momentos simples.
Desde cedo que me lembro de apreciar e valorizar a vida, as pessoas com quem nela me cruzo, a natureza, as várias formas de expressão artística do ser humano e cada um dos pequenos momentos com a beleza que lhes é própria. Gosto muito desse sentimento e sinto-me grata por ele porque sei que a minha vida seria bem diferente se assim não fosse  e eu seria também outra pessoa e não o que sou, por isso o sentido da minha vida caracteriza também a minha identidade.
Gosto muito de festejar, de celebrar, de datas comemorativas e de tudo quanto possa ser usado para um gesto em relação a mim própria e aos que amo, família e amigos.
E também por isso gosto de, em momentos que nada têm de comemorativo, torná-los especiais com palavras ou gestos de amor, amizade e ternura. São essas as pérolas que constituem o meu tesouro e que me fazem sorrir quando acontecem e também quando as recordo. São essas pérolas que quero em cada dia continuar a acrescentar à minha existência para a enriquecer e valorizar.
Termino com um magnífico poema sobre "A vida" de Madre Teresa de Calcutá que acho de uma enorme sabedoria e sensibilidade, usufrua dele caro visitante virtual e, se ainda não encontrou o sentido da sua vida procure-o e valerá a pena.
 
 
Coleccionar sorrisos e ternura é mágico e uma poderosa energia positiva que nos envolve e fortalece. Descubra hoje a quem quer sorrir e quem quer fazer sorrir. Não deixe por dizer nenhuma palavra amável nem por fazer nenhuma carícia.
Uma boa caminhada e até á próxima visita

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